sábado, 7 de setembro de 2013

ave verbum!

as palavras
com elas eu sinto
pra elas não minto
com elas sei ser

transpareço
o que reconheço
o meu recomeço
esta já pra vir

não sei quem sou
nem o que vou ser
boa vida madalena
submetida ao sistema
não presta lembrar
não sabe esquecer.


In-grátis.

pra que(m) falar ?
alguém quer ouvir ?
sim tem alguém aí 
afim de conversar que
diz que tem (des)compromisso
comprometido com a descrição
diz conhecer os ossos do oficio
carnificina feita em coração
o que lhe soa
aos ouvidos é resposta
o que bem não entoa
ele vira, dá as costas
ilude inúmeras vezes
o energúmeno 
no lúdico 
espaço tempo em conversa
já que nada além há
nem caráter
nem
cara ter bens
viver apenas a viver
provar o que todas 
tem de igual e
no mundo há tantas delas
pretas brancas amarelas
rosadinhas
pra escolher em cada bar
em cada lugar
em cada esquina
não custa caro
pra quem nada tem;
alguma bebida
alguma carona
alguma dor de cabeça
mas torno a dizer
real mundo injusto
tão rasteiro com seu tempo
quem mais ganha
ao final
mais perdeu o tempo inteiro
perdeu como quem perde
no bilhete que escolheu
mas não efetuou aposta
a outra alternativa
a não escolhida
algo tão grande
tão maior, mais bonito
um grande monumento
um grande elefante branco
um Taj Mahal em meu coração
cérebro, pele, respiração
Sublime passos além
anos luz do que pode existir
sem confusão
nem missões falhas
de combates de corpos
cheios de sangue
cheios de carne 
que esfriam quando amanhece
-ou antes até mesmo-
sem conforto quando entristece
sem gosto, ninguém merece
as verdades mascaradas
pra que mante-las assim ?
o orgulho nos leva pra onde mesmo ?
O tempo somente
nada além dele,
o tempo responde
sobre o fim.


Alice F.





sexta-feira, 6 de setembro de 2013

zmbfcç

 Ao estágio final os dias prolongam-se, tornam-se nebulosos, não há chegada, nem partida, tudo é igual, tudo tem o mesmo gosto, o psicológico trabalha demais. 
       O  tempo passa e de uma maneira ridícula não percebemos, e no fim nada pertence ao mundo, as coisas se auto-consomem, perdem o valor de uma maneira representativa, as nossas palavras viram ora piada, ora alerta de loucura. Todas as histórias estão expostas, iluminadas em destaque; Não existe uma boa alma que saiba guardar a luz, não desperdiçar. Os corpos querem se dilacerar, se consumirem... O portal do reino dos mortos foi aberto a muito tempo. A doença já entrou na alma de toda a humanidade, esta instalada em cada um. Não há quem queira fugir, pois é bom. - eles dizem-.

Alice F.