sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Ventre: morada de borboletas.

Eu cozinhei e o mês passou rápido... O semestre começou voando e olha já tem mais de 60 dias.
É pouco tempo?
Amargas borboletas de dificil digestão, pra que servem não sei, não as vejo mais, não junto mais, não deixo apodrecer, não arranco suas cabeças e nem as exponho em porta-retratos esmagadas entre o vidro; então por que vivem aqui dentro de mim? Porque me assombram dessa forma e tão rápido?
A aflição não as toca, a não aceitação não as afasta... Vivem aqui, alvoroçadas, no meu estômago.
Devido as dúvidas fico estática,  sem ação,  tímida, não sei como trata-las;  enquanto você as alimenta. Talvez nem saiba da existência dessas borboletas, mas todo dia você as alimenta. É o seu jeito, a atenção,  seus olhos, suas palavras e a maneira que você as fala.
Sinto as borboletas cada vez mais agitadas, fazendo uma grande festa em mim, chamando cada vez mais borboletas pra cá.
Não sei onde acaba, quando acaba; não sei qual é o plano pra eu, pra nós,  pra essas borboletas;  não sei se vão viver sempre aqui dentro ou se irão morrer, ou ainda se vão alçar vôos maiores. Só sei que você é o único que as alimenta, e quem sabe enquanto isso, enquanto houver essa festa de borboletas eu possa desenvolver sentimentos leves e sutis, sentimentos assim: borboletas.

domingo, 14 de setembro de 2014

Sinceridades

Será que é você?
quem será você?
que quer aparecer
que quer me marcar

coração é por dentro
meu interior atento
sensível como o vento
bem difícil destravar

eu paro; eu ouço
eu reparo
como um flash, um disparo
me fez parar pra pensar

o que acalanta o coração
o que faz vibrar a emoção
me traz a dor da interrogação
de ficar estática, assim sem ação

escolher boas expressões
para as quatro estações
procurando mil razões
pra entender, pra aceitar

transcende além da vontade
me mostra alguma possibilidade
que vai além de materia e vaidade
doçura e respeito em sua totalidade
quase impossível não me encantar.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Segunda pessoa do singular.

Primeiro a paciência
depois vem a calma
exerce a decência
e a bondade da alma
o respeito
o carinho
a atenção
me envolvem
vou calando
deixando falar
o coração...
foi como magia
apagou-se
a euforia
surgiu a alegria
quase algo certo
nem fofo, nem concreto
incrível companhia
que inspira poesia
distantes e tão perto
do nada céu aberto
num novo dia a dia.

[conjuga-te nesses versos, que eles são a maneira de expressão da minha percepção]

Alice F.