terça-feira, 1 de março de 2016

Patologia.

Em meados de 2009 algo despertou a percepção do nível de ansiedade, que era crítico, do qual sofria.
Comecei achando que era somente uma paixão que batia de frente com meus ideais e princípios, os quais defendi por tempos. Fui forte e aguentei os sintomas chatos, só desisti ao perceber que em 10 chances, mesmo acertando em 9 vezes, no único erro é que eu teria o 'couro arrancado'. Eu deixei de resistir quando percebi que consumar o ato seria indiferente para todos, salvo única excessão, que era eu mesma.
Não sei como considerei um incômodo tão intenso normal. Dores no estômago, dores de cabeça, mãos frias e suadas, vômito, tremor pelo corpo todo, desespero em comer na tentativa de preencher "buracos" interiores; todos esses sintomas em escala catastrófica. Claro que ninguém ligava, nem eu conseguia entender direito o que estava acontecendo.
O que estraga a vida é a expectativa. Somos otimistas e temos planos perfeitos em nossas mentes, mas no momento que é "pra valer" não temos controle de absolutamente nada.
Ruim não é quando as coisas acontecem diferentes do planejado, ruim é o próprio planejar.
Pra quem sofre com a ansiedade qualquer expectativa é um golpe, qualquer esperança é uma tortura, qualquer planejamento pode ativar as sensações chatas.
De um jeito ou outro vivemos, sobrevivemos, subvertemos as regras pra menos sofrer, e tentamos ignorar abruptamente quem não consegue entender ou sensibilizar-se. De um jeito ou outro da-se um jeito.

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