sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O que sinto : Não sinto!


A existência agora consome meu ser
Não vejo mais solução
Não vejo mais nada
Não sinto vida em nada
Não sinto vida em mim

O que sinto são esses vermes
Que estão buscando a minha carcaça
A minha carne
Os meus restos

Esses vermes quem são?
São essas pessoas mesquinhas e sem valor
Que estão esperando meu fracasso
Para gozarem do que eu (não) fiz

Mas ora, quem são?
São seres que se julgam superiores
Que levantam falsos julgamentos
E pensam estar certo
Quando na verdade, estão cegos

Eu não poderia deixar
De forma alguma eu deixaria
Sou forte, sou persistente
Acredito em mim

Huum... Acho que não

De qualquer forma
Ainda tenho ideais
Tenho sonhos
Tenho cérebro, consciência
Olhos, boca, nariz...

Tenho minha literatura
Minha arte, minha historia
E minha filosofia

E, ainda tenho
Sem sentir, sem saber, sem questionar
Minha vida, minha existência
Para cuidar
E não deixar cair em mãos de vermes

Alice F.

Um comentário:

  1. Bom, dizer que é bela, não é o caso, mas é ótima, mas macabra, me da medo, mas é ótima, me causa curiosidade, quase infelicidade, mas é ótima assim como quem a escreveu!

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